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domingo, 5 de junho de 2011

As Cerejas


rasgando o frio a fogo
moldadas pelo sol
ou então lágrimas
dadas à incólume
árvore de sangue,
em paga dos seus trabalhos

ei-las no dia certo
cume da Primavera
e acume dos olhos
inevitáveis, mais
que a nossa vontade
contrárias a toda a razão

as cerejas
à boca reveladas


Rui Miguel Duarte
04/06/11

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