
onde está o cesto
do teu pão substancial?
o que tenho levado à boca
já não sacia
a minha alma
tenho as mãos vazias
o coração
ansioso
pela tua dextra
passo os dias
em águas turvas
sem o teu refúgio
na esperança de te encontrar
mais uma vez
num acender firme
da tua luz
senhor,
o sol seca o que me dás
e o orvalho já não me refresca
as águas turvas
embriagam a minha vida
e desfaleço
na minha angústia
talvez seja o meu cântaro
insaciável
sem fundo e sem norte?
dá-me de beber da tua fonte
e resgata os meus olhos de carne
tira-me Senhor
deste deserto
onde somente as pedras clamam
(NAF)
20/05/2011
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