
"Não temas" dizes-me
e o vale de ossos secos
se dissipa
e deixas-me apenas
Os sonhos
outrora perdidos
envoltos numa cruz
do Teu olhar retenho o mundo inteiro
e desprendo-me da Vida antes firme
que loucura!
caminho numa estrada sem retorno Junto a Ti
embrenho-me na graça
Admirável!
Complacente!
mergulho nos teus braços
e ensaio palavras harmónicas
Preces decoradas para Te oferecer
Graças! Porque à revelia da Torre de Babel não me entregaste
e dispensas todos os acessórios humanos
apenas lágrimas e risos despropositados Te consigo oferecer
A religião é um fardo!
e o meu coração se abre para Ti
nada mais
nada mais
"Não temas" dizes-me
E quando confio o sol brilha
e deslumbro de novo um horizonte lúcido e infinito.
Adelaide Figueiredo
03/04/2011
Sem comentários:
Enviar um comentário