.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Janelas




não foi sonâmbula que eu te vi, oh Deus
uma estátua em pátina num altar quebrado
foi numa tarde morna entre as brumas do mar
em frente a minha casa

nem foi nos livros ou nas palavras
compactadas dos versículos
foi porque sopravas no ar de mim tão perto
eras quase corpóreo:
-trouxe-te aqui para falar contigo.

combinamos coisas diversas,
de um lado, que eu tivesse calma
de outro tu enches-me de esperança

o mar estava calmo
as pessoas se divertiam.
na paisagem a minha frente
várias Janelas se abriam
Apresentando-me o futuro.

Julia Lemos

Sem comentários: