Arte e Cultura Evangélica
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
MUDA
“como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador”
Isaías 53:7
vi pelos olhos de Isaías
a ovelha levada
diante dos nossos olhos
em marcha lenta
sobre o gume da faca
os escombros do mundo
dissolviam as maçãs do rosto
a mão do carniceiro
não é menos áspera
mas quiçá será mais compassiva
e lhe aliviará todo esse peso
que lhe cerra a garganta
se o gume finda na ponta
vale mais apressar o golpe
para que de uma vez por todas
se solte e ecoe o grito emudecido
se solte a dor a derradeira
como feto retido no útero
o grito que pesa sobre a espinha
é urgente a declaração
de que a marcha do silêncio
terminou
lá, no lugar onde o céu
se rasga da terra
lá, onde vi a carne
posta perante Deus e os homens
a carne para que cala a boca
do mundo
Rui Miguel Duarte
15/04/12
A criatividade e originalidade nas peças de Loide Miriam Santos.
A sua Arte merece sem dúvida um lugar de destaque no nosso blogue.
Para mais informações: https://www.facebook.com/pages/Minha-Arte/212596032105846
sábado, 7 de janeiro de 2012
Que tempo
Que estranho fenómeno é este
que num momento chegamos ao fim,
para logo a seguir começar outra vez?
Que dias são esses que passam
e correm acelerados,
que levam com eles a vida
arrastam a nossa história
e deixam memórias guardadas
arrumadas,
sem que se possa esquecer?
Que intensidade é esta
que nos faz transbordar de emoção
não pelos grandes eventos
que num momento chegamos ao fim,
para logo a seguir começar outra vez?
Que dias são esses que passam
e correm acelerados,
que levam com eles a vida
arrastam a nossa história
e deixam memórias guardadas
arrumadas,
sem que se possa esquecer?
Que intensidade é esta
que nos faz transbordar de emoção
não pelos grandes eventos
que vem com os dias que correm
mas pelo quotidiano
repleto de risos, comidinhas caseiras
sonhos e muita brincadeira?
Que lágrimas são essas que rolam
enquanto o tempo passa correndo
e nem se quer pára
e repara que ele é preciso,
para apagar a dor
e arrumar lembranças
de gente que se foi,
dos sonhos de criança
e então correr outra vez?
Que sabedoria é esta
que enche a nossa vida de encanto,
acalanto para alma cansada
e que nos faz gerar
e driblar o tempo
e nos perpetuar...?
Que tempo é este
que pensa mandar nos dias,
mas não conhece o Eterno
e nem desconfia
que enquanto passa apressado,
acelerado
não tem autonomia,
segue cansado
de tanta fadiga
e nem vê que na verdade
“tem muito mais olhos
do que o tamanho
da sua barriga...” *
Arlete Castro
30.12.2011
* alusão ao título de Susana Felix
mas pelo quotidiano
repleto de risos, comidinhas caseiras
sonhos e muita brincadeira?
Que lágrimas são essas que rolam
enquanto o tempo passa correndo
e nem se quer pára
e repara que ele é preciso,
para apagar a dor
e arrumar lembranças
de gente que se foi,
dos sonhos de criança
e então correr outra vez?
Que sabedoria é esta
que enche a nossa vida de encanto,
acalanto para alma cansada
e que nos faz gerar
e driblar o tempo
e nos perpetuar...?
Que tempo é este
que pensa mandar nos dias,
mas não conhece o Eterno
e nem desconfia
que enquanto passa apressado,
acelerado
não tem autonomia,
segue cansado
de tanta fadiga
e nem vê que na verdade
“tem muito mais olhos
do que o tamanho
da sua barriga...” *
Arlete Castro
30.12.2011
* alusão ao título de Susana Felix
“Feliz 2012”
Findou mais um ano,
Entre medidas de austeridade.
Levantámos o peso, caiu o pano.
Interiorizámos maior humildade,
Ziguezagueando com habilidade.
Desejo que o próximo seja mais justo,
Onde cada luta traga uma vitória.
Investimentos de grande custo,
Sobrevalorizem para futura memória.
Mais sacrifícios são esperados,
Intrigas políticas e sociais,
Lobbies e outros que tais…
E tudo isto vamos ultrapassar.
Deus vos abençoe grandemente,
Onde estiverem, todos os momentos.
Zarparemos contra as marés de frente,
Elevar-nos-emos sobre os quatro ventos.
31-Dez-2011
Mário Baleizão Jr
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